Um hotel moderno com alma ancestral: minha experiência no Candeo Hotel Shinsaibashi, em Osaka


Em plena agitação de Osaka, entre letreiros brilhantes, avenidas movimentadas e o ritmo vibrante de Shinsaibashi, existe um hotel que me fez parar, respirar… e me conectar com algo muito mais profundo.

O Candeo Hotels Osaka Shinsaibashi não é só uma hospedagem confortável e estilosa — ele é um verdadeiro encontro entre passado e presente. O motivo? Ele foi construído integrando um templo budista com mais de 1200 anos em sua base.

Sim, você leu certo.

Logo na entrada do hotel, no térreo de um prédio moderno e urbano, está o Templo Mitsutera, fundado no ano 744. Esse templo histórico já passou por incêndios, foi reconstruído em 1808, sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial… e hoje vive uma nova fase, em plena harmonia com um hotel contemporâneo.

Uma fusão entre tradição e inovação

A primeira coisa que me impressionou foi a própria visão do prédio: uma torre elegante, contemporânea, com vidro, linhas retas e iluminação sutil — e ali, em sua base, uma estrutura de madeira tradicional japonesa, com telhado curvo e presença espiritual.

Essa união não foi apenas estética, mas cuidadosamente pensada em termos de engenharia e respeito histórico.

Para permitir que o templo continuasse no local durante a construção do novo edifício, foi utilizada uma técnica japonesa tradicional chamada 曳家 (hikiya), que consiste em mover uma estrutura inteira sem desmontá-la. O salão principal do templo — uma construção de madeira de mais de 200 anos — foi deslocado três vezes durante a obra, em pequenas distâncias, até ser posicionado com destaque voltado para a avenida Midosuji.

Essa técnica permite literalmente “puxar” a estrutura sobre trilhos e sustentação especial, preservando a integridade do prédio original. É algo raríssimo de se ver — e mais raro ainda de se viver.

Um projeto sustentável e sensível

O mais bonito de tudo isso é que essa integração não foi só uma escolha estética: ela representa uma parceria sustentável entre a iniciativa privada e o templo. O contrato de longo prazo firmado com o hotel permite que o templo continue existindo, recebendo manutenção e atraindo novos visitantes.

Com a diminuição do número de fiéis, essa estratégia trouxe uma nova forma de manter viva a espiritualidade e a cultura local. Durante a estadia, é possível participar de experiências como a cerimônia matinal budista, onde monges entoam mantras, tocam sinos e tambores — e criam um momento de silêncio e conexão em plena cidade grande.

Foi uma das experiências mais tocantes da minha viagem.

E como é o hotel?

Além de tudo isso, o Candeo entrega uma hospedagem moderna, confortável e com aquele cuidado japonês nos detalhes. O nosso quarto era super espaçoso, com cama confortável, sofá em frente a uma janela enorme com vista para Osaka, espaço para café, banheiro funcional e ótima iluminação natural.

O grande destaque, sem dúvida, é o sento no rooftop — um banho termal no estilo tradicional japonês. A área dos homens é totalmente ao ar livre, com vista para a cidade e sensação de liberdade. A área feminina também tem espaço externo, mas mais reservado, respeitando o conforto de cada um. E sim, como manda a tradição: entra-se pelado. 😅

O café da manhã é outro ponto forte: combina opções ocidentais, como pães, frutas e croissants, com pratos típicos japoneses. Eu me apaixonei pelo tofu fresco e pelas sopinhas quentinhas. O Mike, claro, se jogou no natô — cada um com suas paixões!

Uma estadia que vai muito além do turismo

Ficar nesse hotel foi, pra mim, uma forma de viver o Japão em profundidade. Não apenas visitar templos e depois voltar para um lugar neutro, mas realmente dormir sobre uma história milenar, acordar com mantras ao fundo e perceber como o Japão consegue unir tradição, inovação, espiritualidade e arquitetura — tudo num mesmo espaço.

Se você vai a Osaka, e quer mais do que apenas um lugar bonito pra dormir…
O Candeo Hotel Shinsaibashi é a escolha perfeita.


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